Carta 006 - professores

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Folha da Manhã
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Carta Aberta aos dirigentes ao IPSEMG - INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA MG

Parto do princípio de que é necessário conhecer a verdade, pois é a verdade que poderá nos libertar. Por isso escrevo esta carta aos atuais dirigentes do Ipsemg, e também aos que virão e ao governador de Minas Gerais, o também educador Antonio A. Anastasia.
Tenho visto na uma campanha institucional do governo mineiro no sentido de prestigiar o retorno ás aulas na rede estadual de ensino e também, como se diz na gíria, no bom sentido, jogando uma terrinha nos profissionais da educação no sentido de sua valorização profissional. Bonita campanha Sr. Antonio. Acho uma boa ação. Mas, ao par disso, na condição de professor, vejo situações que não condizem com a realidade expressa na publicidade ou mesmo no discurso dos administradores.

Como pode um professor, aquele que é para sua clientela, se apresentar precariamente , doente, banguela? Nosso instituto de previdência precisa melhorar muito e urgentemente. Para ilustrar a precariedade cito dois casos que julgo não serem isolados, no primeiro deles uma professora com crise de estresse teve alta do hospital conveniado, sem estar boa, com a indicação de procurar tratamento por sua conta, pois na cidade e nem na região o instituto oferece esse suporte; outro caso é o serviço odontológico, que apesar de ter bons profissionais para atendimento, não pode atender a todos que o procuram. Atende alguns e alguns casos, os outros se quiserem que busquem tratamento particular. Isso deixa até seus próprios peritos em situação constrangedora, tendo que limitar dessa forma esse atendimento. O tratamento que o Ipsemg oferece na área dentária deve ser só para os que têm dentes perfeitos, o básico do básico, e olhe lá! Não vou citar aqui as outras necessidades da classe, que são também da maioria da população, de formação profissional por exemplo, para não misturar muito os assuntos, se bem que “tudo está junto e misturado’, nem vou aprofundar na questão de professor ter que pagar até a própria água e o cafezinho que bebe e nem receber equipamento de proteção individual (EPI), como jaleco, sapatos adequados, não ter programação de lazer e cultura, e nem serem respeitados nem mesmo por meros sub-secretários de estado que sequer respondem a seus ofícios, etc, e etc.

Não é somente o salário que conta em uma carreira, quanto mais nesses tempos atuais. É a qualidade de vida que se consegue em decorrência desse trabalho.

Reconheço os avanços que o país vem tendo na área social e seu desenvolvimento mas vejo também que o momento não é de euforia e sim de compreender com clareza nossa real situação, e mudar. Se possível com urgência para que possamos usufruir ainda em vida.
Por um mundo mais feliz,

Marise A Pacheco – Passos/MG

https://www.clicfolha.com.br/noticia.php?id=20320&titulo=coluna+do+leitor+ipsemg


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